quinta-feira, 18 de junho de 2009

Le Tatu à Paris

Como será a primeira semana em Paris? Bem, um pouco menos glamurosa do que normalmente se espera da “cidade luz”. Para começar, pega-se um trânsito de quase uma hora e meia, com o taxímetro rodando é claro (de bobo o Abdel não tem nada), para chegar na linda mansão, um mini-quarto e sala, de 1400 euros. Mas até aí tudo bem, quem disse que iria ser fácil...Ah, só pra constar o quarto fica no terceiro andar, adivinha quem arrastou a mala de trinta quilos?
Depois de dores de cabeça, coluna e solidão, chega o primeiro dia da minha excitante rotina na cidade da “liberté, egalité et fraternité” , logo percebe-se que a “liberte” anda mais ou menos, a “igualité” está indo para o brejo e a “fraternité” já morreu faz tempo. É uma cidade feita para se viver sozinho, muitas vezes parece tão bem projetada para que as pessoas não tenham que se falar e portanto não ter problemas , simplesmente viver de forma segura e calma, é o exemplo do “cada um com seus problemas”.
Pegando o ônibus pela primeira vez percebo como Paris é charmosa. É a própria mulher balzaquiana, de trinta anos, ela é muito discreta, mas extremamente perspicaz e seletiva para escolher quem verdadeiramente acolhe. E diferente do que todos haviam me alertado os franceses vem sendo bastante simpáticos e prestativos... quando não se fala francês, é claro.
Ansiosamente resolvi conhecer meus colegas de turma, vamos dizer que foi algo eclético: uma Slovena (Nika), uma japonesa (Kaoru), uma senhora que até hoje não entendi de onde veio e um paquistanês (Iassif), o qual tentou conseguir uma residência para mim. “It is verrrryy nest to Parisss.”
No dia seguinte mudei de turma: uma alemã (Katia), uma suíça (Coco), um colombiano (nada como um representante das FARC), um oficial do exército austríaco ( sempre lembrando de onde aquele baixinho bem famoso veio) e, para completar, um israelense que parece ter caído de pára-quedas.
Até que me entendi bem com o metrô de Paris, apesar de ter todos os tons de cores do arco-íris é fácil se localizar... inclusive quando você se perde pelo centro de Paris e caminha por cinco horas.
Quando bate aquela solidão a gente topa sair com qualquer pessoa. Então lembrei-me de um contato que tinha recebido do Brasil e pensei “Por que não?”, a resposta logo seria respondida. Tratava-se de um estudante de cinema cujo curta se chama “ Necrofilia, uma visão poética”, que lindo! Além disso comentou sobre sua paixão pelos corvos de Paris. Mas apesar disso se revelou uma pessoa muito gentil, e inclusive saímos na noite do meu aniversário com mais uma amigo dele.
Bom gente acho que os fatos relevantes da primeira semana são esses, logo escreverei mais notícias. Continuarei por aqui no meu “château” comendo kebab e bebendo água da pia.
Au revoir.

Um comentário:

  1. Oi Laura,

    Muito bacana o seu texto. Espero que esteja aproveitando Paris ao máximo. Pelo que eu li está muito bacana.

    Abraço

    Cristiano - Egali Intercâmbio

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